domingo, 10 de setembro de 2017

Ao fim e ao cabo

Ao fim de um relacionamento faço exatamente  sempre o mesmo exercício: saber como o anterior do anterior deu errado. E, nas minhas anotações, conversas, trocas, cheiros, sexo e tatuagens, vejo que não deu nada errado. Que foi vida invadindo feito enxurrada uma sala vazia de gente e cheia de móveis em dia de chuva forte.

Vi você e suas pintas segurando tão firmemente seu cigarro que não tinha como não te amar.

Foi você e seu sotaque paulista, olhos azuis e saúde fudida que me fizeram me apaixonar perdidamente por você. Cegamente, eu diria. Até vir, as pintas e cigarros pra me arrebatar.

Antes, no entanto, veio sim a destruição. Mas essa eu pulo.

Assim como pulo capítulos e descubro de salto em salto que aquele lance de errado mesmo é amar menor é real. Nunca amei menor.

Aliás. Se é errado ou certo não sei.

Só sei que olho pra trás e vejo só o próximo pulo. Pra frente. E de olhos verdes.

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