Vem aqui.
Oi.
Que bom que chegaste. Saudade já estava me fazendo de gato e sapato.
Como foi tudo sem mim?
Foi um nada sem fim. Eu juro.
Mas, nada da vida aprendeste?
Sim. Aprendi tanto, tenho tanto para te mostrar. Foi pelo que aprendi e pelos que conheci que não desejei parar. Mas, confesso, quase tropecei no caminho.
Se tivesses caído, sabia que minha mão estaria a segurar a tua, mesmo que na ausência. Não sabes?
Confesso que por isso há coração batendo em mim.
Não fale assim. Há tanta vida para ser compartilhada. Com tantos.
Mas com tantos compartilhei. Tu não sabes. Mas de fato quem faltava era tu. Tantos sambas foram dançados, tantas saias rodadas, tantas músicas cantadas.
Lhe disse que estaria em cada pequena parte deste todo ao seu redor, não disse?
Coração.
Coração.
Vais me abandonar novamente?
Sabes que sim, não?
Não lembrar me faz exatamente esquecer disso.
Não podes, é o que nos faz sermos.
Eu sou contigo.
Tu és comigo?
Sempre seremos...
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
gota
a saia colorida perdeu as cores
só cartola tem tocado
meu sorriso frouxo foi arrematado
por seu coração leviano que se despediu de mim
quando ocê voltar
traz as cores?
traz as músicas?
traz as gotas de vinicius de moraes?
quando ocê voltar
posso te prender na minha vida?
posso te arrematar nos meus sonhos?
posso te dizer amor com os olhos?
eu, da minha solidão
você, da sua multidão
nos entendemos
nos procuramos?
nos abraçaremos?
falaremos infinitas palavras que se perderão em segundos?
eu não sei.
você tão pouco sabe...
vamos vivendo, coração?
só cartola tem tocado
meu sorriso frouxo foi arrematado
por seu coração leviano que se despediu de mim
quando ocê voltar
traz as cores?
traz as músicas?
traz as gotas de vinicius de moraes?
quando ocê voltar
posso te prender na minha vida?
posso te arrematar nos meus sonhos?
posso te dizer amor com os olhos?
eu, da minha solidão
você, da sua multidão
nos entendemos
nos procuramos?
nos abraçaremos?
falaremos infinitas palavras que se perderão em segundos?
eu não sei.
você tão pouco sabe...
vamos vivendo, coração?
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
saudade é prato que se come quente
saudade é prato que se come quente
prato com gosto amargo
que dói o peito
saudade é palavra matadêra
é fome do ausente
é a vontade do querer
saudade é a fome que arrasta
são os dias sem fim
saudade é a última noite de lua cheia
é a música ao longe tocando numa viagem sem fim
é saudade de mato
saudade de dentro
é palavra cortante
é sentimento presente
por que inventar distâncias?
por que querer o impossível?
por que desejar o intocável?
saudade é chorar
é viver de esperanças
vãs?
tocar o piano
dedilhar a sanfona
experimentar sensações
ai
saudade é um querer sem fim do estar perto
por que existe saudade?
pra existir a presença?
prato com gosto amargo
que dói o peito
saudade é palavra matadêra
é fome do ausente
é a vontade do querer
saudade é a fome que arrasta
são os dias sem fim
saudade é a última noite de lua cheia
é a música ao longe tocando numa viagem sem fim
é saudade de mato
saudade de dentro
é palavra cortante
é sentimento presente
por que inventar distâncias?
por que querer o impossível?
por que desejar o intocável?
saudade é chorar
é viver de esperanças
vãs?
tocar o piano
dedilhar a sanfona
experimentar sensações
ai
saudade é um querer sem fim do estar perto
por que existe saudade?
pra existir a presença?
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