terça-feira, 27 de novembro de 2012

às vezes acho que a vida passou
que o tempo morreu
que não dá pra mim

é olhar pra trás e querer escolher um ponto,
quando na verdade a obrigação te empurra pra frente

dá pra falar "não, me deixa aqui"?

sempre é uma encruzilhada
um vou ou fico
os prós e os contras
o choro sob e sobre mesas de mármore: frias, cinzas e mórbidas

será que acaba?
um dia acaba?
vai ter uma rede, um cachorro, uma família, uma vida?
ou vai ser sempre essa sobrevida, esse caos, esse devir?

tem hora que a solução é não tentar solucionar
é deixar que o barco vá
que o corpo caia
que pegue fogo, pra flore-ser depois.

mas tem hora que depois é tempo demais...



terça-feira, 13 de novembro de 2012

apequenei-me
e só assim
cresci.