sexta-feira, 28 de março de 2008

run, ISA, run...

eu queria saber qual ponto delimita a loucura e a sanidade...

que tem muito louco solto por aí, isso tem... que o diga arnaldo antunes, tom zé, salvador dalí (in memorian), meu pai...

mas quando uma pessoa explode? quando ela não consegue mais agir com conexão?

quando resolve fugir?

no livro "um estranho no ninho", logo quando McMurphy, o presidiário fingido de louco que vai parar no hospício, ele faz uma pequena aposta com outro louco que esqueci o nome

- eu sou mais louco que você!

- não, sou eu. votei no eisenhower (presidente republicano que derrubou os democratas depois de 20 anos ininterruptos de poder)

- não, sou mais louco que você cara! votei nele duas vezes...

- ahá, então perdeu playboy, porque eu vou votar agora nas próxima eleições de novo!!!



ok, ok...

até que ponto? até que ponto podemos definir isso tudo?


vontade constante de fugir não falta!

ainda mais agora...

run, ISA, run...

eu queria saber qual ponto delimita a loucura e a sanidade...

que tem muito louco solto por aí, isso tem... que o diga arnaldo antunes, tom zé, salvador dalí (in memorian), meu pai...

mas quando uma pessoa explode? quando ela não consegue mais agir com conexão?

quando resolve fugir?

no livro "um estranho no ninho", logo quando McMurphy, o presidiário fingido de louco que vai parar no hospício, ele faz uma pequena aposta com outro louco que esqueci o nome

- eu sou mais louco que você!

- não, sou eu. votei no eisenhower (presidente republicano que derrubou os democratas depois de 20 anos ininterruptos de poder)

- não, sou mais louco que você cara! votei nele duas vezes...

- ahá, então perdeu playboy, porque eu vou votar agora nas próxima eleições de novo!!!



ok, ok...

até que ponto? até que ponto podemos definir isso tudo?


vontade constante de fugir não falta!

ainda mais agora...

quinta-feira, 27 de março de 2008

um estranho no céu...


saiu apressadamente, antes que pudessem vê-lo...

estava brega, mas pensou que não importava... pensou que aquela seria a última oportunidade que teria antes de qualquer coisa que pudesse pensar mais profundamente.

idéias brilhantes não cabiam naquele momento... é quando o subconsciente abre que ele consegue espaço pra essas tais coisas de fugir...

até os andes? republicana dominicana? peru? bolívia? macedônia? incongruências...

é quando via as nuvens falarem com ele que acreditava que não era louco... acreditava mesmo, mesmo, mesmo... via um cachorro, um pássaro, galinha com pintinhos, via pessoas, via Deus...

mas ele nao acreditava que podia falar com alguém através dos céus, apesar desse mundão azul e branco falar com ele... ele preferia aquela loucura de sempre, do que entender finalmente que não estava louco...

foi coisa de minuto. pá. pum. já.

ele saiu correndo, sabe, e foi tão lindo, sabe? lindo mesmo... lindo mesmo...

e desde aquele dia as nuvens pararam de segui-lo e ele parou de falar com elas...

foi lindo ir vê-lo morar com elas...

me dá um quê de saudade às vezes...

mas aí eu olho pro azul e lembro dele e ele deve, em algum ponto daquela insanidade que o corrói, lembrar de mim...

quarta-feira, 26 de março de 2008

finjo que finjo que finjo

um samba de roda, um reggae gostoso, a chuva caindo, um dia fluindo...


ahhhh...


que bom um dia de sol


que bom um dia de chuva!!!


é tão bom ficar feliz gratuitamente!

"Bonita

Pra que os olhos do meu bem

Não olhem mais ninguém

Quando eu me revelar

Da forma mais bonita

Pra saber como levar todos

Os desejos que ele tem

Ao me ver passar

Bonita

Hoje eu arrasei

Na casa de espelhos

Espalho os meus rostos

E finjo que finjo que finjo

Que não sei "

(a mais bonita - meu chico)

*pena que eu não tenho um "meu bem"

terça-feira, 25 de março de 2008

da mania de ter manias


a gente sempre tem uma mania (ou várias???)...


quando eu era criança e tomava leite puro na mamadeira tinha que ficar com uma almofada em formato de coração que tinha uma fronha violeta de cetim do meu lado direito... eu dobrava uma vez, aí dobrava mais outra e finalmente o ritual estava feito...


quando eu era pré-adolescente e fazia inglês eu nunca ia de saia e nem de vestido...


quando eu lavo a mão eu geralmente lavo o rosto também...


quando eu bebo cerveja eu nunca bebo uma só...


quando eu viajo com meu pai costumo ser monossilábica...


quando conheço pessoas novas costumo falar pelos cotovelos...


me acostumei a machucar pessoas legais por causa de um falecido idiota...


e tenho uma mania que não pára de me perseguir: comprar livros...


tenho mania de ser estressada, de bater em portas, falar sozinha e tenho a minha mais nova mania... só escutar the kinks


é bom conhecer algo antigo, é uma pena que a gente fica com aquela saudade impossível dos anos que não voltam mais... (e que na verdade nunca foram nossos)


mas voltemos ao trabalho...


porque se tem uma mania que me persegue mais ainda é a de me desvirtuar fácil, fácil das coisas e pessoas...


terça-feira, 18 de março de 2008

meu pai é de peixes!

Filho de peixe, peixinho é?


Eu realmente não sei...


Ser meu pai não é fácil... mas é estranho porque eu sempre fui, meio sem querer, uma cópia escarrada e cuspida dele


Então, dessa forma, ser eu ( podemos supor) não é fácil...


Meu pai não teve mãe.


A mãe dele morreu de parto dele.


Meu pai não teve pai.


Na verdade ele teve, dois.


Um que nas conversas cotidianas ele chama de "pai" com tom carinhoso é o seu "dos Anjos", Manoel dos Anjos... o avô que eu conheci pelo alto, mas que morreu doido quando eu tinha 7 anos e era viciado em coca-cola...


E o outro, um vara pau, que, desculpe a memória, era o pai dele MESMO e eu não lembro o nome....


Eu sei que nessa família "de verdade" eu tive até bisavô! O meu azar foi não ter puxado a altura deles... talvez eu não tivesse tido os tantos traumas de adolescência que eu tive...


Mas, sem devaneios, eu tive quase a figura de uma avó nessa família biológica do meu pai... eu também não lembro o nome dela, só lembro que era ela cega...


E também lembro, isso é impossível esquecer, que segundo minha mãe é devido a essa família que meu pai foi o homem que, felizmente, eu não conheci...


Explico, a genética veio como um banho gelado em dia frio: certeira e dolorosa! Os vícios... o tal do cigarro que era très chic e meu pai começou aos 13 e a tal da maldita cachaça.... meu pai mesmo diz: "pinga é ardida, cerveja amarga... se é pra beber, que fiquemos bêbados, então!!!"


Mas, esse lado eu não conheci e essa determinação foda é o que eu tenho algumas vezes: "eu vou parar com a bebida, mesmo sendo alcoólatra" e ele parou... e faz mais de 25 anos que aquela frase foi certeira!


Com o cigarro, vício maldito, a decisão veio no dia internacional antitabaco "vou parar" e ele parou... teve um infarto e perdeu 30% do coração... após o infarto ele foi procurar um médico lá da Barra, o que ele disse? "o senhor teve uma virose" ... ahhh... PQP...


Aí ele foi em um médico de Cuiabá, ele passou uns remédios que meu pai passava mais mal do que bem...


Finalmente veio um goiano... e hoje ele tem uma caxinha de madeira carregada de remédios pra todos os gostos, horários e tamanhos...


Aí eu perguntei um dia, "Papai (é assim que chamo ele até hoje), foi bom parar? Dizem que o gosto da comida é melhor!"


"Que bom que nada, se eu soubesse que teria um infarto eu não teria parado..." em tom de brincadeira e irônico como sempre! Coisa que eu nunca me esqueço é dele dizendo que cigarro é "câncer em pílulas" ...


Irreverente, irritado, irônico, piadista de primeira e a melhor imitação de bêbado do mundo, um estilo meio cafajeste, filho único por parte de mãe e pai adotivo, cheio de irmãos pelo lado biológico da família, estressado, juiz de casamento, piloto, casado pela primeira vez aos 20, pai aos 40, autodidata na sanfona, dançarino de primeira, professor de português, fotógrafo, um cara arraigado nas suas tradições, o melhor pra pegar mangaba no cerrado, conhecedor de Mato Grosso como ele não tem, o homem que saiu com o intuito de colocar o nome da filha de Manuela e mudou, na hora, pra Isa...


Generoso... esse é o nome, esse é meu pai jornalista e, independentemente do sexo, o cara que eu quero seguir....

Um dia pode até ser que os caminhos, apesar das profissões serem iguais, já não sejam mais os mesmos...

Mas o que vale é o que a gente sente, o que a gente vive...

E esse é O cara!

(E tenho certeza que tem muitos assim soltos pelo mundo)

terça-feira, 11 de março de 2008

absinto


"não pense, apenas escreva"

isso me disse o moço que eu não conheço e que comentou aqui...

pela primeira vez nesse blog (aliás, fiz isso com o texto sobre os ratos se não me engano) ... vou tentar ser realista e pensar...

...

hummm...

até que tentei! mas como é dificil... meu amigo e querido renatim que o diga...

escrever é uma forma de conforto, um desabafo em local público sem que ninguém precise opinar... a gente que precisa escrever e, aliás, uma forma de ver o quanto crescemos ... de ver o quanto de abrobrinha foi escrita e o quanto de cachorro ouviram nossos gritos...

se estou bem? bah ...

é um turbilhão de coisas sempre...

olha amigo, realmente se eu não escrever eu morro...

ai...

como tudo gira