segunda-feira, 30 de junho de 2008

poemaspoeira

A poeira comia solta naquela terra longínqua e o sol, refletindo nas árvores tortas do cerrado, resplandecia seus últimos raios...

Um barulho doce de música boa também ressoava...

Os fins de tarde são melancólicos...

Mas esse se fez tão especial...

Muito especial.






"Sou pó

Pó ancestral

Pó andante
Falante
Amante das ilusões
Esfarelo-me a cada diaem busca da imortalidade.
Do pó surgi, ao pó retornarei
Formando o solo futuro
Onde novos homens hão de pisar"

segunda-feira, 23 de junho de 2008

velho safado

"Escrever é quando vôo, é quando começo incêndios..."












(bukowski)








(com wisky)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

cortina de espelhinhos



Fitou a janela colorida com pequenos espelhinhos e cores vibrantes. Aquela cortina brilhava e brilhava na luz do sol cortante da manhã outonal.


Claro, o fato não acontecia apenas naquela estação estranha.


Mas era naquela estação estranha que seus sonhos haviam mudado, “estaban a cambiar”...

Os planos antes exatos, as escolhas antes certas, as pessoas antes fixas, tudo mudou. Não foram mudanças extremas, ela mesma não sofria grandes alterações. “Nadie sufre grandes cambios”, isso tinha toda certeza. Mas havia algo novo. Um brilho dentro dela, como um daqueles espelhinhos de cores vibrantes...

Eles também balançavam. Sim, aquela cortina espelhal balançava e as pequenas mostras de vidrinhos incomodava. Aliás, mostravam-se presentes. Fazer barulho é mostrar-se presente. Isso é certo. E fazer barulho tanto podia incomodar como convidar para fazer barulho também...


Ela não queria fazer barulho. Não precisava se mostrar presente. Estava desconfiada de que sua vida começaria a ter um novo brilho...

Sim, um brilho com cores vibrantes...

domingo, 15 de junho de 2008

ó deuses...


é estranho...

para não parecer idiota...

estou há semanas tentando escrever algo aqui...

mas há semanas estou feliz...

e feliz não consigo ter inspiração...

ó deuses...

não me roguem a praga da tristeza, mas como vou continuar a escrever sem aquela melancolia rotineira?