sexta-feira, 18 de abril de 2008

hamlet

Me apeguei à você e aqui estou. Nessa sala fria como só os pólos sabem do que estou dizendo. Fria, como fui várias vezes e não sentia. Fria, como só você soube ser ao falar que estava saindo por aquela porta.

Meu querido, sair eu também saí. Sim, confesso, conheci novos lugares, vi novas vidas. Descobri que sou muito mais do que fui com você.

Mas o que é ser muito mais do que você? O que é ser muito mais do que outra pessoa? Por que achar que sou melhor do que outrem, enquanto os destinos são um só: o pó.

Sei, sei, sei. Há mais coisas entre o céu e da terra que crê nossa vã filosofia, Hamlet. Ah como sei e como digo essa frase sempre...

E o que há?

Pois não sei ao certo.

Sentada nessa sala fria e vazia como dias de carnaval só posso dizer uma coisa: não há nada melhor que devaneiar palavras, nada mais inventivo que rabiscar pensamentos, nada mais triste e bonito.... é isso, bonito e triste...

Como só aqueles que escrevem para não morrer o sabem...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

algumas coisas ficam...




bah... e meu pai acreditou?!!?

não, teve infarto...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

te amo

Oi, tudo bem?

Não

O que foi?

Você...

O que eu fiz?

Me deixou...

É mentira

É verdade

Já não dava...

Eu te amo

Acabou

Por que?

Eu não sei...

Não pode ser

Pensei que já havia entendido

Oi?

Que acaba uai... as coisas são assim

Eu não sei... to confusa...

Não posso mais ficar

Nunca me amou?

Eu não sei...

Acho que não...

De repente...

É, tenho certeza

A única culpada foi você mesma

Como assim?

Aconteceu... entenda, sim? E não chore...

Eu te amo...

A propósito,por que nesse cemitério abandonado? De quem é esse mausoléu?

Minha mãe...

Ela não morreu.

Tenho que ir. Adeus.

O que está fazendo?

Te deixando.

Estou preso... volta aqui

Te amo

sexta-feira, 11 de abril de 2008

me nasçam de novo!!!

um moço me disse: e essas suas saias? (aliteração hein isa!?) por que você não bota pra rodar?

moço, eu lhe digo, elas rodam, mas na minha cabeça...

e essa sua voz, o moço me pergunta, por que você não bota pra cantar?

lindo moço da voz linda, eu lhe digo, ela é uma voz que canta, canta sim! mas é só pra mim... não quero afastar aqueles que eu gosto... hehehe

e aí eu fico aqui divagando sobre as danças e a voz...

que coisa linda, não é meu povo?!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

...

Eles podem ser cruéis. Despertar nossa raiva ou nossos sentimentos mais sublimes. Podem ser corrosivos ou nos fazer flutuar, viajar, conhecer lugares mesmo estando parado. Nos fazem arrepiar, tremer de medo, nos imaginar ser o que nunca seremos.

Eu amo livros. Sempre os amei.

Tem gente que odeia o mundo fantasioso de Tolkien. Eu admiro. Falam que tem tanta coisa que faz “transcender” por aí, então, qual seria o motivo para lermos “essas” coisas?

Tolkien lutou na primeira guerra mundial. E vivenciou a horripilante segunda guerra. Ele costuma dizer que as guerras não tiveram assim tanta influência em sua obra. Ele não precisa dizer, mas mesmo assim eu vivo refletindo sobre isso. É impossível acreditar que não tenha influenciado. Impossível.

O mundo do pequeno príncipe de Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry é fascinante.

Bem como todos os livros de Jostein Gaarder, que até tem uma linguagem fácil e algumas vezes pueril. Mas tem forma melhor de ensinar a pensar com uma leitura fácil quando se é criança?

E Althusser com a leitura fudida de mundo com os “Aparelhos ideológicos de estado”? Nelson Rodrigues que eu tanto admiro? Chico Buarque que sabe ser sublime em qualquer canto que se arrisca? Marx tão atual? Érico Veríssimo? Nosso mato-grossense Dicke? Jon Krakauer? Saramago?Cervantes com a fabulosa figura? García Márquez? E etc. etc e etcssss...

Me falta muito ainda? Sim falta, mas com eles vivo bem...


E Krakauer... você está mudando minha vida...

“tudo mudara subitamente – o tom, o clima moral; não sabias o que pensar, a quem ouvir. Como se em toda a tua vida tivesses sido conduzido pela mão como criança pequena e de repente tivesses de ficar por tua própria conta, tinhas de aprender a andar sozinho. (...). Em tal momento, sentias a necessidade de dedicar-te algo absoluto – vida, verdade, beleza -, de ser regido por isso, em lugar das regras feitas pelos homens que tinham sido descartadas.” (Boris Pasternak – Doutor Jivago)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

“Gostaria de repetir o conselho que lhe dei antes: acho que você deveria realmente promover uma mudança radical em seu estilo de vida e começar a fazer corajosamente coisas em que talvez nunca tenha pensado, ou que fosse hesitante demais para tentar. Tanta gente vive em circunstâncias infelizes e, contudo, não toma a iniciativa de mudar sua situação porque está condicionada a uma vida de segurança, conformismo e conservadorismo, tudo isso que parece dar paz de espírito, mas na realidade nada é mais maléfico para o espírito aventureiro do homem que um futuro seguro. A coisa mais essencial do espírito vivo de um homem é sua paixão pela aventura. A alegria da vida vem de nossos encontros com novas experiências e,portanto, na há alegria maior que ter um horizonte sempre cambiante, cada dia com um novo e diferente Sol. Se você quer mais de sua vida, deve abandonar sua tendência à segurança monótona e adotar um estilo de vida confuso que, de início, vai parecer maluco para você. Mas depois que se acostumar a tal vida verá seu sentido pleno e sua beleza incrível. (...)”

Chris McCandless... o cara louco de "Na Natureza Selvagem"

leiam o livro...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

seguindo tendências...

as pessoas não entendem, mas o mundo já acabou faz tempo...

é rídiculo como queremos o melhor celular do mundo, sendo que nem dinheiro temos pra colocar crédito...

ou que o mundo se preocupe tanto com MODA,uma coisa tão rídicula, que passa de uma estação pra outra e a gente, se não for "antenado cult moderninho", nem percebe...

deve ter gente, inclusive, que compra um daqueles cintões de colocar em elefante, paga em 23 vezes sem juros, e quando tchan tchan tchan termina de pagar, a moda já passou...

é, ela ainda não passou, mas vai passar... são as tendências.

eu não consigo acreditar no mundo em que vivo algumas vezes...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

uma folha voando...

Repousei para sempre em seus pensamentos.

Era como uma daquelas folhas de outono que caem e vão voando para longe, até se recostarem no chão de uma tarde fria e voltar a terra, fazer parte novamente da natureza, ajudar outra árvore a viver.

Ia para longe, mas sempre fazendo parte. Essa era sua missão.

Ia buscando horizontes, mas apesar de tirar os “pés” do chão, a cabeça sempre estava com os mesmos propósitos fixos.

Era belo. Era bela.

Era poético e dramático.

Era ela, era simplesmente eu...