o vento riu no meu rosto.
ri de volta
risada de vento não se nega
abri os braços
ele me abraçou
o vento é foda
quinta-feira, 30 de julho de 2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
só
abri a janela e tudo era escuro
abri outra, e nada
abri a porta
dava pro vazio
gritei e não saía voz
tocava nas coisas
e sentia que elas não existiam
olhava no espelho
não aparecia meu rosto
queria que fosse um sonho...
mas não era
era só como meus sentimentos se sentiam
e, na verdade
não era um "só" como se sentiam
qual o contrário de só?
abri outra, e nada
abri a porta
dava pro vazio
gritei e não saía voz
tocava nas coisas
e sentia que elas não existiam
olhava no espelho
não aparecia meu rosto
queria que fosse um sonho...
mas não era
era só como meus sentimentos se sentiam
e, na verdade
não era um "só" como se sentiam
qual o contrário de só?
sábado, 25 de julho de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
señor elton rivas y doña america del sur
hoje fiquei lendo todos os textos no blog do Elton a respeito da viagem dele pela Bolívia e Argentina.
ri demais.
e, por outro lado, me lembrei muito também de quando morei um ano no México. as crianças vindo em grupos oferecendo tantas coisas que o ouvido não acompanhava o ritmo daquele espanhol rapidito. quando viajei por 15 dias pela "Ruta Maya" (rota maia), que no meu caso foi até a fronteira com a Guatemala, me lembro do ônibus ser revistado até o último buraco quando entramos no estado de Chiapas (o mais lindo e também um dos mais pobres do país)...
lembro ainda do guia falando "não fotografem, não peguem NA-DA que as crianças ofereçam, se não serão obrigados a comprar". a cidade, san juan chamula, é um povoadinho próximo de san cristóbal de las casas. apesar de ter ido há 9 anos, nunca me esqueci da igrejinha em chamula.... uma mistura do catolicismo dos espanhóis com o que os índios de lá acreditam...sem cadeiras, a igreja tem as paredes pretas de velas queimadas, a cada passo, uma nova surpresa... as indias ficam rodeadas por velas e com galinhas pretas dentro de sacolas de plástico - galinhas vivas, definhando. ah, se eu pudesse fotografar...
me dá saudade do méxico. mas mais ainda vontade de viajar por aqui...
tenho que aproveitar a música do belchior...
"tenho 25 anos de sonhos, de sangue e de América do Sul, por força desse destino um tango argentino me cai bem melhor que um blues..."
ri demais.
e, por outro lado, me lembrei muito também de quando morei um ano no México. as crianças vindo em grupos oferecendo tantas coisas que o ouvido não acompanhava o ritmo daquele espanhol rapidito. quando viajei por 15 dias pela "Ruta Maya" (rota maia), que no meu caso foi até a fronteira com a Guatemala, me lembro do ônibus ser revistado até o último buraco quando entramos no estado de Chiapas (o mais lindo e também um dos mais pobres do país)...
lembro ainda do guia falando "não fotografem, não peguem NA-DA que as crianças ofereçam, se não serão obrigados a comprar". a cidade, san juan chamula, é um povoadinho próximo de san cristóbal de las casas. apesar de ter ido há 9 anos, nunca me esqueci da igrejinha em chamula.... uma mistura do catolicismo dos espanhóis com o que os índios de lá acreditam...sem cadeiras, a igreja tem as paredes pretas de velas queimadas, a cada passo, uma nova surpresa... as indias ficam rodeadas por velas e com galinhas pretas dentro de sacolas de plástico - galinhas vivas, definhando. ah, se eu pudesse fotografar...
me dá saudade do méxico. mas mais ainda vontade de viajar por aqui...
tenho que aproveitar a música do belchior...
"tenho 25 anos de sonhos, de sangue e de América do Sul, por força desse destino um tango argentino me cai bem melhor que um blues..."
segunda-feira, 20 de julho de 2009
passar
um barquinho no meio do mar
afundando
afundando
afundando
enquanto tantos outros seguem
navegando
conhecendo
ampliando a visão
alcançando o horizonte
é assim que me sinto
um barquinho no meio do nada
parada
vendo os outros passarem...
afundando
afundando
afundando
enquanto tantos outros seguem
navegando
conhecendo
ampliando a visão
alcançando o horizonte
é assim que me sinto
um barquinho no meio do nada
parada
vendo os outros passarem...
terça-feira, 14 de julho de 2009
banzo
o dia amanheceu
e não teve nada tão clichê
como acordar pra ver outro dia igual a tantos outros
é pena
ter que acordar fingindo surpresa
enquanto tudo permanece igual
tirando aquele banzo
tudo é igual
até o banzo
e não teve nada tão clichê
como acordar pra ver outro dia igual a tantos outros
é pena
ter que acordar fingindo surpresa
enquanto tudo permanece igual
tirando aquele banzo
tudo é igual
até o banzo
quinta-feira, 9 de julho de 2009
quarta-feira, 8 de julho de 2009
domingo, 5 de julho de 2009
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