domingo, 29 de maio de 2011

o rapaz que mora sozinho e fazia comida pra um batalhão

das duas, uma: antes tentar do que se frustrar a vida inteira. e, entre a frustração de dar errado e a de nunca dar, mas sempre pensar no que poderia ter sido, ele ficaria com a primeira opção. ainda assim, deu certo. deu certo olhar pra cidade e pensar "eu consegui". deu certo respirar por meses ao lado de alguém, de compartilhar. deu certo os sanduíches trocados à beira mar. e deu tristeza quando ele partiu. como diria caio, a solidão sempre vem. e é cruel. ah! sim, é.
e foram peças... dezenas delas
foram dias quase-lindos aos lugares magníficos
foram sóis se pondo, tocando no mar
foram filmes que tocaram a alma, que quase diziam "preciso que você veja isso"
foram choros escondidos pra ninguém
foram sorrisos verdadeiros quando, por um segundo, a palavra saudade ficava ausente
foram te amos ditos pelo telefone, pelas mensagens de celular, pelos pensamentos avulsos...
foram surpresas no meio da madrugada, fazendo presença
e tem sido...
a comida que só ele sabe fazer
o caldo verde com pedacinhos de bacon
a orla esperando você chegar para ser compartilhada
a cidade gritando "volte, por favor"
"volte, que eu fiz feijão pra um batalhão inteiro..."
um batalhão chamado você.

para meu amigo, com carinho e amor.

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