segunda-feira, 11 de outubro de 2010

é preciso aprender.

é preciso aprender a estar sozinho. é preciso aprender a se (re)conhecer. a entender quem é você, o que te faz abrir os olhos todas as manhãs com a vontade de contar 60 dias em um e lembrar que dia se conta um por um. é preciso saber contar. saber que é o tempo o senhor de tudo e que deus existe nas pequenas coisas. na verdade, quanto a deus tenho sérias restrições ainda. será que deus é um delírio? ainda não sou tão richard dawkins assim.
é preciso aprender a conviver com seus fracassos, é preciso arranjar clichês para se estar, haja vista que são os clichês que movimentam os sentimentos. é preciso caminhar sem saber onde se está indo. aprender a olhar o passado. aprender a reaprender e repensar os pensamentos. é preciso abraçar, sorrir com o fígado, é preciso precisar e também é preciso não precisar de forma alguma. é preciso engordar e fazer disso uma parte pequena da sua vida. é preciso aprender a estar sozinho: ser sua própria esfinge, decifrar-se, devorar-te. antes de mais nada, é preciso aprender. é preciso fotografar. ah! como é preciso fotografar: olhar, escolher, disparar, analisar, escurecer ou clarear, eternizar. é isso, sou passageira de um mundo que pouco eterniza e eu quero eternizar.

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