sábado, 20 de dezembro de 2008

não, não é

arrastei, puxei, segurei pelos cabelos.
ele não queria vir.
me deu ânsia.
raiva. ódio.
era um louco. de todos e de ninguém.
quis que fosse meu. agarreio-o, juntei-me a ele com um abraço terno.
tinha um laço de esperança.
estava cansada, morta, fatigada.
dizia pra mim que era meu, que não podia ser de outrem. era só meu.
mas ele, tão arrogante e solene como só ele pode ser, não me pertencia.
NÃÃÃÃÃO.
isso, ele, ..., o amor...
tão insolente, prepotente, dilacerante, unificador, sublime, destruidor.

puxei
continuei tentando arrastá-lo...

uma brisa passou. chuvas. estações.


até que, num lapso, entendi.





não importava o quanto arrastasse.








o amor nunca me pertenceu.

Um comentário:

i. bê. gomes disse...

.o amor é um engodo, vecina. e ter algo assim não vale a pena....

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