quarta-feira, 9 de abril de 2008

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Eles podem ser cruéis. Despertar nossa raiva ou nossos sentimentos mais sublimes. Podem ser corrosivos ou nos fazer flutuar, viajar, conhecer lugares mesmo estando parado. Nos fazem arrepiar, tremer de medo, nos imaginar ser o que nunca seremos.

Eu amo livros. Sempre os amei.

Tem gente que odeia o mundo fantasioso de Tolkien. Eu admiro. Falam que tem tanta coisa que faz “transcender” por aí, então, qual seria o motivo para lermos “essas” coisas?

Tolkien lutou na primeira guerra mundial. E vivenciou a horripilante segunda guerra. Ele costuma dizer que as guerras não tiveram assim tanta influência em sua obra. Ele não precisa dizer, mas mesmo assim eu vivo refletindo sobre isso. É impossível acreditar que não tenha influenciado. Impossível.

O mundo do pequeno príncipe de Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry é fascinante.

Bem como todos os livros de Jostein Gaarder, que até tem uma linguagem fácil e algumas vezes pueril. Mas tem forma melhor de ensinar a pensar com uma leitura fácil quando se é criança?

E Althusser com a leitura fudida de mundo com os “Aparelhos ideológicos de estado”? Nelson Rodrigues que eu tanto admiro? Chico Buarque que sabe ser sublime em qualquer canto que se arrisca? Marx tão atual? Érico Veríssimo? Nosso mato-grossense Dicke? Jon Krakauer? Saramago?Cervantes com a fabulosa figura? García Márquez? E etc. etc e etcssss...

Me falta muito ainda? Sim falta, mas com eles vivo bem...


E Krakauer... você está mudando minha vida...

“tudo mudara subitamente – o tom, o clima moral; não sabias o que pensar, a quem ouvir. Como se em toda a tua vida tivesses sido conduzido pela mão como criança pequena e de repente tivesses de ficar por tua própria conta, tinhas de aprender a andar sozinho. (...). Em tal momento, sentias a necessidade de dedicar-te algo absoluto – vida, verdade, beleza -, de ser regido por isso, em lugar das regras feitas pelos homens que tinham sido descartadas.” (Boris Pasternak – Doutor Jivago)

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