quinta-feira, 3 de setembro de 2009

J. Tomaz

me peguei escutando ney e lembrei de você. confesso, chorei.
limpando minha estante constantemente empoeirada, cheia de livros que nunca li. e, outra vez confesso, que nunca lerei, vi que escorreu algumas coisas chamadas lágrimas de mim.
sempre achei que meu quarto fosse o retrato da minha vida. e ele está sempre tão desarrumado. coisas que não deveriam estar onde estão. e coisas que nem dele fazem parte, e nunca farão.

você fará falta.

me corta o peito, me dói a alma. a saudade me cativa a cada segundo quando leva quem eu amo pra longe.
mas eu te entendo, te respeito e te admiro.
não sei se foram aquelas conversas sobre assuntos afins que tivemos desde o começo do nosso encontro. não sei se nossas brigas tão enraivecidas como a de dois irmãos. não sei se simplesmente o fato de te amar pelo fato de você exatamente não cobrar amor. não sei, simples e de forma doída, não sei.

ney tocando e meus livros sempre fechados me fazem lembrar que a bagunça do meu quarto sempre continuará...
e nessa bagunça que te encontrei e que você sempre permancerá.
você, que sempre disse e em brigas afirmou minha bipolaridade, confesso: sim, sou bipolar.

porém, meus dois lados te amam.

e muito. boa viagem, bons caminhos.

só falo eu te amo por não existir palavra maior que amor para definir o amor.

então, que seja amor. e hoje é um amor com muita dor, com a dor da saudade e a necessidade de um abraço.

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para o Tomaz, com amor e briga.

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