confesso, tem sido dificil ser eu. tem sido muito.
olhar e perceber simplesmente que não há, não é, acabou, dói.
andando pelo asfalto já fresco do dia o cantor que outro dia escrevia, sim, naqueles dias que escrevia por amor, por querer, por vontade e prazer, me encontrou na esquina e sussurou um MUITO OBRIGADO. eu chorei... caminhei até meu rumo e chorei. chorei no caminho. chorei na chegada. não sei até que ponto é bom ouvir um elogio sussurrado, uma palavra que poderia trazer tanta felicidade trazer tanto desgosto por ser quem sou.
não escolhi.
sempre confessando confesso que tento ser outras. ler, conhecer, conversar para que, quem sabe, me perca de mim e seja outra...além dos desejos, daquela coisa de acordar e me perguntar "quem sou eu", que seja outra....
outra que não sofre com um rompimento, outra que não sofre com uma despedida, outra que não sofre com o reatar de um laço perdido num tempo passado.
sofro, ainda que me queiras e me queira bem, ainda assim, por ter em mim tanto de mim, sofro.
e passa.
mas tudo reacende na mesma velocidade e proporção que gostaria.
não fui feita de felicidades, mas sim de tombos.
e de tombos e tombos aprendi: caio, mas sempre caio pra em seguida cair...
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