é estranho acreditar no tempo.
nas coisas que passam e naquelas que esquecemos.
sim, há diferenças:
passar é naturalmente esquecer
esquecer é fingir que não lembra
às vezes é preciso fingir que não morreu, para deixar vivo
em outras é necessário morrer, para enterrar de uma vez.
e, mesmo morto, não se enterra o sorriso, as piadas, o abraço confortável de um pai.
é estranho, mais do que acreditar, ver o tempo passar.
a casa era tão cheia de presença
tão cheia de móveis
tão cheia de vocês ou mesmo de você
a casa era
não consigo olhar para certa coisas e não lembrar que pessoas tornam outras pessoas substituiveis.
desculpa, não sou assim.
é preciso curar, passar remédio, para depois machucar de novo.
o bom mesmo é que não haja mais feridas...
mas, vez ou outra, quem é que não cai e deixa hematomas?
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