segunda-feira, 18 de outubro de 2010

eu só queria compor uma canção para homens trôpegos que passam pela rua mexendo com pessoas sãs.

queria cantar o que eu vejo e me falta palavras pra definir.

queria indefinir.

queria o sorriso manso da manhã e fingir pra sempre que eu sou feliz,

pra sempre.

queria o poço, pra nadar nele como abelhas alvoroçadas nas flores de setembro.

queria aquele soneto em mim e o poema de mim em você.

queria me transformar em poesia: essência.


e só.


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