sexta-feira, 29 de outubro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
a chateação vem da descrença...
me angustia o simples fato da possibilidade de me esbarrar em você.
por isso,
vou embora.
sigo vivendo
escrevendo
tomando injeções erradas
trocando pomadas
trocando doenças
arranjando problemas
lendo
ou não lendo
comprando dezenas de revista
fazendo uma centelha de besteiras
e você?
me diz...
está bem quando está bem.
e está mal quando está mal, pra você?
então é isso?
ele me disse, "ven por ti, no por mi o por nadie"
é isso...
por mim
sem egoísmos
compromissos
descrenças...
por mim.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
tem gente que, pra subir, precisou descer e muito. estou muito feliz com a mudança alheia. um amigo foi no fundo do poço e voltou. e voltou firme e voltou bem e voltou feliz e voltou morando num lugar lindo. é nele que me inspira a mudança. fé eu tenho e ela é em mim. não em um deus, um santo que quebra, uma cruz de madeira. existe algo maior. existem amigos. existe a realidade que machuca, que fere os olhos, que dói pra caralho mesmo. to engolindo as lágrimas. e não é por você, nem por quem me ama de verdade. é por mim. e já que eu sou tida como egoísta e individualista, vou continuar sendo. alguém tem que me amar e não adianta amor nenhum no mundo se não tiver o meu próprio.
fim. não quero um novo capítulo, quero um novo livro. e dessa vez ninguém vai jogá-lo em telhado algum.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
- você vê?
- acho que senti
- onde estávamos quando nos perdemos?
- quando nos encontramos?
- você vê?
- eu sinto, amor
- você mente, coração
- você não vê, não é?
- eu não vejo, já disse que sinto.
- eu queria ser assim.
- você é mais que isso.
- sabe o que é acordar e de repente ser da conta que as folhas no chão são como os sentimentos? existe uma fonte, que é a árvore, que floresce, dá frutos, dá galhos, dá bichos. Mas mesmo com essa vida toda em volta dela, aquela folha, uma vez caída no chão nunca mais volta a ser o que era antes. De verde, fica marrom, até desaparecer. A chuva ajuda a derreter, a destruir, até desaparecer. Me sinto folha.
- me sinto chuva.
se puder, sem medo
Pr'eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
Deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
Pra que eu fotografe assim meu verdadeiro abrigo
Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
Só na minha voz não mexa eu mesmo silencio
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder, sem medo
Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa e quando não voltar eu finjo que não importa
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
Pra dizer te vendo ir fechando atrás da porta
Deixa o que não for urgente que eu ainda preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
Se o adeus demora a dor no coração se expande
Deixa o disco na vitrola pr'eu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pr'eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo que me resta
Deixa eu por à prova toda minha resistência
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
Que como esse nosso amor ao menor vento oscila
Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha
Deixa tudo que eu não disse mas você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente e eu pensei que havia
Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava
(oswaldo montenegro)
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
eu só queria compor uma canção para homens trôpegos que passam pela rua mexendo com pessoas sãs.
queria cantar o que eu vejo e me falta palavras pra definir.
queria indefinir.
queria o sorriso manso da manhã e fingir pra sempre que eu sou feliz,
pra sempre.
queria o poço, pra nadar nele como abelhas alvoroçadas nas flores de setembro.
queria aquele soneto em mim e o poema de mim em você.
queria me transformar em poesia: essência.
e só.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
é preciso aprender.
é preciso aprender a conviver com seus fracassos, é preciso arranjar clichês para se estar, haja vista que são os clichês que movimentam os sentimentos. é preciso caminhar sem saber onde se está indo. aprender a olhar o passado. aprender a reaprender e repensar os pensamentos. é preciso abraçar, sorrir com o fígado, é preciso precisar e também é preciso não precisar de forma alguma. é preciso engordar e fazer disso uma parte pequena da sua vida. é preciso aprender a estar sozinho: ser sua própria esfinge, decifrar-se, devorar-te. antes de mais nada, é preciso aprender. é preciso fotografar. ah! como é preciso fotografar: olhar, escolher, disparar, analisar, escurecer ou clarear, eternizar. é isso, sou passageira de um mundo que pouco eterniza e eu quero eternizar.
sábado, 9 de outubro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
se não é amor o mais importante, então o que é?
depois, do meu histórico familiar e toda minha carga depressiva e depreciativa comigo mesma, além do meu vitimismo tão corriqueiro, gostaria de saber se ainda é possível acreditar quando alguém fala "eu te amo".
há tristeza e há de monte.
mas vai passar.