segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

bah

“Tá dificil cara. Não dá mesmo”, ele disse, xingando, como sempre, todo o tipo de gente, de putas, de velhos safados, de pessoas infelizes, de tristes e depressivos.

Eu, já sem entender desde o princípio do princípio, fui ficando cada vez mais tonta e bêbada de todas aquelas viagens dele. “Não dá mais? Não dá mesmo?”, perguntava indignada querendo saber o que diabos ele estava querendo dizer. Era cínica quando estava com raiva, e ficava pior ainda quando ela não passava de forma alguma.

Ele me bateu com as palavras, me jogou perto do vaso sujo, me fez lamentar viver.

E sabe o que mais?

Acordei.

Bukowski me saculejou no ônibus e acordei.

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