“Tá dificil cara. Não dá mesmo”, ele disse, xingando, como sempre, todo o tipo de gente, de putas, de velhos safados, de pessoas infelizes, de tristes e depressivos.
Eu, já sem entender desde o princípio do princípio, fui ficando cada vez mais tonta e bêbada de todas aquelas viagens dele. “Não dá mais? Não dá mesmo?”, perguntava indignada querendo saber o que diabos ele estava querendo dizer. Era cínica quando estava com raiva, e ficava pior ainda quando ela não passava de forma alguma.
Ele me bateu com as palavras, me jogou perto do vaso sujo, me fez lamentar viver.
E sabe o que mais?
Acordei.
Bukowski me saculejou no ônibus e acordei.
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