terça-feira, 21 de junho de 2011

só eu sei o que é ser eu. o quanto pode ser duro e o quanto os dias pedem pra cama não me deixar saltar.

estômago

às vezes eu paro pra pensar no que restou e nem o pó tem permanecido nas frestas mais inatingíveis. não sei o que se passa. ainda há tantas fotos que poderiam ser traduzidas em momentos felizes, em risadas por nada, em vida. nós nos estragamos. nós não envelhecemos uma ao lado da outra, como havíamos prometido. lembra?
às vezes o sentimento é de dó do que nos transformamos. em estranhas. lembra daquela coisa tão nossa, de dizer, "sabe quando tudo cansa?" e eu respondia, ou você, "é, eu te entendo". era falar sem palavras. eram olhares que respondiam. não, não fui boa, não sou santa e você aguentou até onde deu. e até onde não deu também. e nem era aguentar, pra mim era amar incondicionalmente. pra onde foi tudo isso? pra onde foi tudo isso, HEIN?

perder em vida é pior que a morte. é sentimento de fracasso. é dor que não desatina sem doer. é até certo ponto entender que a vida é assim mesmo, não vem de viés. acerta em cheio a boca do estômago.

a uma ex-amiga eterna. mais uma.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

três músicas me fazem EXTREMAMENTE feliz. quando eu morrer, quero elas no enterro:

1 - Célia Cruz - La vida es un Carnaval
2 - Creendence - Have you ever seen the rain
3 - Pearl Jam - Last Kiss


obrigada.

domingo, 12 de junho de 2011

o pior da solidão é quando ela vem acompanhada.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

apenas me dê

chorar? o que me coube de você quando o adeus e a ausência me acompanharam?
onde pararam bethânias, chicos e frases de efeito de músicas que respondiam o que éramos nós, mas que a realidade puxou e jogou sangue e dor?
quem é você?
quem de fato era você?
eu sabia quem eu era
eu sabia o que eu era
e eu te olhava, te sentia, te via refletido, te via enlouquecido, te via amolecido, te via tão grande e tão pequeno, te via, simplesmente te via
o que eu era?
o que não éramos nós?
será que era isso?
será que não éramos?
"e eu te chamava em silêncio. na tua presença, palavras são brutas".

ainda espero cecília chegar. ainda espero pela espera de esperar.
me dê menos loucura, mas sem nada de sanidade. apenas me dê.

sábado, 4 de junho de 2011

e eu pedi

pedi que você ficasse, que você gostasse, que me tirasse pra dançar
pedi que você calasse, que emudecesse, que não fosse
pedi que você cantasse, que gritasse, que falasse não
pedi que fosse sim
pedi que talvez se fosse logo de mim
pedi que risse, que dissesse o quanto gosta, o quanto desgosta, o quanto odeia e o quanto me ama
pedi que me abraçasse, quando você se afastava e dizia "fim"
pedi, pedi, pedi
você falou que era tarde, que não tínhamos amadurecido, que queria paciência enquanto eu oferecia uma festa inteira sem hora pra acabar
você me achou estranha
eu te achei inteira
você me achou filha da puta
e eu só te achei no meio dos meus armários velhos, como um relicário que merecesse ser guardado, talvez escondido de mim mesma - sem perigo que eu quebrasse, que eu esquecesse, que eu deixasse mais do que retrô, virar vintage
e você se foi
e eu pedi, pedi, pedi
e você ficou
e eu sorri, sorri, sorri
e você brigou
e eu briguei
e fim.


*escutando 'paciência' - lenine